quarta-feira, 24 de março de 2010

Coco Chanel

Recentemente eu tive a oportunidade de assistir ao filme "Coco antes de Chanel" (Coco avant Chanel) e fiquei muito interessada na personagem. Gostei do filme, da abordagem que fizeram da vida da célebre figura e também do trabalho dos atores.
Sendo muito sincera eu não sou a pessoa mais apropriada para criticar um filme. Sou extremamente leiga no assunto. Não uso expressões bonitinhas para defini-los, não presto atenção nos efeitos especiais nem nada. O meu medidômetro gira em torno do efeito subjetivo que o filme causa. Pra mim o filme é bom quando me emociona, quando me instiga, quando mexe comigo, e é claro, quando eu me identifico.




Não que eu seja pretensiosa o suficiente pra me comparar à personagem histórica, mas de fato sua vida pra mim é uma inspiração e um espelho em determinados momentos.


Mas vamos voltar ao filme. Que, por sinal, é a razão pela qual escrevo sobre Coco Chanel. Gostei do filme. Mas isso vocês já sabem. Deixe-me explicar melhor. Gostei do filme porque a vida de Coco foi abordada em sua simplicidade e na sua luta para usar e ser quem gostaria de ser. O filme mostra o desapego dela às convenções sociais relacionadas às roupas usadas pelas mulheres, e os famigerados espartilhos, mas não apenas a isso. Essa revolta específica que lhe traria a fama e o sucesso posteriormente, foi apenas de uma das revoltas de sua vida.

Gosto do exemplo de Gabrielle (como era o verdadeiro nome dela) porque mesmo primando pelo conforto e pela simplicidade, contrastando com as plumas e frufrus que se usava na época, Coco também amou, e como tantas outras mulheres teve o desejo de casar, de construir uma família. E provavelmente o teria feito se não fossem os fatores relacionados ao "Boy", seu "caso".


Coco conseguiu fazer o que creio que todas as mulheres almejam. Conseguiu construir um império. Primava pelo trabalho e por sua independencia financeira. Queria ser dona da sua própria vida, fazendo o que amava fazer. Mas ao mesmo tempo que se tornou tudo isso, ela permaneceu um exemplo de elegancia. O conforto adaptados pela elegancia. Lema que hoje é marca registrada em propaganda de produtos destinados às mulheres. Ah... e só uma curiosidade... para aqueles que não sabem o motivo pelo qual o perfume é chamado n 5, é devido ao fato de o numero cinco ter sido o número da sorte de Coco Chanel. Alguém duvida disso?!


Bom... não mais me delongarei nesta rasgação de seda para o filme, já não estou sendo remunerada para isso. :D Mas como hoje em dia o mundo carece de atenção às coisas de qualidade, eu fao questão de expo-las.


Coco Chanel não é um exemplo a ser seguido. Para mim é uma inspiração. Que me ajuda a definir minhas idéias e minhas convicções. Apesar de elas estarem em permanente mudança.


Aos que estiverem interessados no filme aí vai o cartaz.



quarta-feira, 26 de agosto de 2009

O real feminismo

Desde os tempos imemoriais muitas sociedades construíram seus impérios, desenvolveram suas políticas, estabeleceram suas regras sociais, dentre outros aspectos que configuram a criação de uma organização desenvolvida pelo homem, baseados em valores que suprimiam a presença das mulheres.

No decorrer da história da humanidade a participação feminina nas conquistas que conhecemos como significativas, foi inexpressiva, tanto pela marginalização da mulher, no que tange à educação, como pela supressão de grande parte das conquistas que se devem a elas. Por muitos anos e até hoje em determinados lugares no planeta, as mulheres não tem direitos civis, ou são vítimas de coações em relação ao que nós (ocidentais) conhecemos como liberdade (em sentido amplo).

Em determinado período, no entanto, principalmente devido à independência conquistada pelas mulheres com a Revolução Industrial, um vasto leque de novas oportunidades surgiram, dando a elas a chance que tanto precisavam para contribuir, fora de casa, no desenvolvimento da sociedade. Elas passaram a ocupar juntamente com o homem o mercado de trabalho, e passaram a ter voz mais ativa no seio familiar. Em meio a esses acontecimentos, surge o que denominamos como Movimento Feminista.

Este Movimento agregou cada vez mais pessoas ao redor do mundo, e visava a ampliação legal dos direitos civis e políticos da mulher ou a igualdade dos direitos dela aos do homem. No Brasil a Constituição de 88 expressou esse avanço social, estabelecendo a plena igualdade legal entre homens e mulheres.


Mas esse avanço não aconteceu apenas em sentido jurídico, ocorreu também na moda, onde as vestes masculinas passaram a ser adaptadas às mulheres, as saias diminuíram, ou foram suplantadas pela presença constante de calças no guarda-roupa das mulheres modernas. Houve um crescente aumento na quantidade de autoras de romances e livros científicos (já que isto não era muito comum, como brilhantemente ilustra a vida de Jane Austen). A vida artística também abriu portas para o feminismo, mesmo que as que resolvessem se aventurar por essas veredas fossem muitas vezes discriminadas. Enfim, o mundo abriu os braços para as mulheres, isto devido a muitos protestos e a custa de muitas vidas, claro.

Entretanto, apesar do feminismo ter se espalhado pelo mundo, o seu real sentido vem sendo deturpado, principalmente por muitas mulheres que julgam viver uma vida de filosofia e devoção a este movimento, quando na verdade representam uma mácula no que diz respeito aos grandes avanços que se conseguiu. Hoje, as ditas “feministas” andam por aí vestidas como homens, comportam-se como tais e reprimem severamente tudo e todas que não apresentem o comportamento que elas consideram ideal. Até mesmo os próprios homens, passaram a estabelecer um conceito errôneo no que diz respeito ao feminismo, se referindo às feministas com expressões pejorativas.

É necessário que se entenda que ser feminista não significa ter que se transformar em um homem, ou comportar-se como um. Não significa ter que usar roupas masculinas, ou adquirir hábitos masculinos para se encaixar no que achamos ser o ideal da mulher moderna, mas sim, estar presente ativamente na sociedade e contribuir com esta para que os ideais de igualdade sejam estabelecidos e reforçados a cada dia, e pra isso, não é preciso se transfigurar em um homem, mas sim estabelecer-se como mulher e garantir que sua voz seja ouvida.

A mulher não é diferente do homem apenas em aparência, mas também em termos psicológicos, como a ciência bem explica, então, não há necessidade de renegar essas diferenças. Muito pelo contrário, é preciso que as mulheres aceitem, e demonstrem essas contradições para
que elas não sejam suprimidas, mas sim acrescidas, formando a dualidade entre o universo masculino e feminino, o que caracteriza o ideal da verdadeira sociedade moderna.

Longe de mim querer incentivar uma criação de “Legalmente Loiras” em massa em nossa sociedade, muito pelo contrário, acredito que as reais feministas devam fugir da futilidade e do padrão vazio das mulheres “frutas” que se vê hoje em dia no Brasil. Acredito que o feminismo não é a aspiração ao cargo do homem, nem aos seus costumes, ou sua identidade, mas sim a exaltação das singelas características que residem em todas as mulheres, o que as tornam únicas. Uma mulher que nega a sua natureza feminina, está fazendo exatamente o contrário do que requer o feminismo, está suprimindo tudo aquilo que faz dela mulher. E aquela que se auto afirma superior ao homem está ativando um pensamento de superioridade altamente recriminável que vinha sendo cultivado pelo homem a muitos anos.

A verdadeira feminista não tem intenção de sobressair-se em relação ao homem, como se vê hoje em dia, mas sim de encontrar o equilíbrio que reside entre a complexidade feminina e a lógica masculina.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

A Bifurcação

Em determinado momento de nossas vidas atingimos o patamar de tomar decisões. Nascemos, evoluímos, crescemos e nossos pais tomam por competo conta de nossas vidas, utilizando de sua própria sabedoria e experiência para nos educar. Isso em tese pelo menos. Mas ao atingir esse patamar de tomar decisões, as coisas ficam bem mais complicadas. Nos acostumamos a deixar que eles decidam por nós, ou quando não deixamos, eles fazem isso mesmo assim. Porém escolher o rumo que sua vida vai levar não é algo que seus pais possam decidir (por mais que alguns pensem que podem), mas é uma tarefa que nós mesmos devemos abraçar. Porque ninguém, além de nós mesmos seremos tão altamente afetados por isso.

Mas o que fazer quando nos sentimos em uma Bifurcação? Que lado seguir? Porque sonhos lutar?

Muitas pessoas tem diversas habilidades, diversos dons que lhe foram concedidos (por Deus, talvez, quem sabe?!), ou que foram desenvolvidos, enfim, as pessoas tem dons especiais. Por mais que a maioria nem note, cada um de nós tem um a habilidade, uma facilidade em determinadas coisas. Mas quais dessas habilidades devemos ouvir?

Para que lado devemos dobrar? O Direito... procurar uma vida estável, onde você nunca vai perder nada, mas também não vai ganhar. O Esquerdo... que vai te levar num destino de insegurança e vai te conceder a glória ou a completa derrota. Um é certo e monótono, o outro é cheio de aventura, mas é totalmente incerto!

A vida é como uma bússola, ela nos mostra o caminho a seguir em frente o tempo todo. Entretanto essa bússola não é a mesma inventada por chineses e difundida pelo mundo através das "Grandes Navegações", mas é a bússola de Jack Sparrow. Lembram dela?! A bússola do ilustre personagem de Johnny Depp em Piratas do Caribe. Esses instrumento nos leva exatamente onde queremos ir. Nos leva onde está o nosso maior desejo, onde pra nós está o que é mais precioso: a nossa felicidade.

O carro em que você está, é a sua vida, e só você pode dirigi-lo, e só você pode escolher o caminho. E isso não é um fardo é um direito que todos nós temos. Se não sabe se vira a esquerda ou a direita e acha a estrada de terra à sua frente a melhor opção, siga em frente, como fez Fox Mulder em Arquivo X, o filme.

E se não acha que é a melhor opção, espere. E veja para onde a bússola está voltada.

E mesmo assim... se você não sabe, apenas siga em frente, não pare nunca! Siga em frente e lá na frente você saberá!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Permanente Mudança

A princípio o título deste blog soa um tanto simplista, ou sem nexo. Por isso, acredito que seja necessário esmiuçá-lo, e explicar o seu real sentido, mesmo que este sentido para mim soe óbvio. Neste caso então, estarei eu sendo redundante, mas não tem problema, posso correr esse risco.
Para explicar o título desse blog, é necessário que eu deixe um pouco de lado a impessoalidade deste texto, visto que trata de um constante dilema que presencio, e que, acredito eu, não ser exclusivo.
É fato que o ser humano está em co
nstante mudança. Isto ocorre por que ele vive. Ele presencia fatos novos a cada dia, e de acordo com seu desenvolvimento mental (este termo "desenvolvimento mental", deve ser encarado como um conjunto de fatores, como índole, história de vida, e não apenas a inteligencia, em si) traça um perfil do mundo e o mantém em sua própria consciencia. Cada um de nós tem uma imagem singular do que seja o mundo à nossa volta. E a partir do momento que vemos mais coisas, que presenciamos mais fatos, enfim, que VIVEMOS, nós automaticamente nos transformamos e mudamos, mesmo que essas mudanças sejam escondidas e reprimidas por uma nostalgia constante ou um desejo involutivo de não evoluir.
De fato, temos medo das mudanças, pois elas significam algo novo, um terreno obscuro que nos desafia. TODOS têm medo, mas alguns o medo paralisa, e outros o medo impulsiona. Eu prepotentemente, me insiro no grupo a que o medo impulsiona, no grupo que tem medo de ter medo, e que por isso, num desejo mórbido de provar um valor próprio, corre atrás de terrenos obscuros.
Assim, vemos que a mudança é de fato uma constante em nossas vidas, e que de forma alguma pode ser ignorada. Mas ainda resta um outro termo a ser considerado: PERMANENTE.
Da mesma forma qu
e reconhecemos nossas mudanças, às vezes nos presenciamos reprisando os mesmos atos que nos foram impostos por nossos pais, atos estes os quais nós constantemente criticávamos. Nós, apesar de toda esssa tecnologia que nos ajuda, mas que ao mesmo tempo nos sufoca, ainda continuamos sendo o mesmo homo sapiens. Ainda somos o retrato de nossa época, quer queiramos ou não. Por mais que nos esforcemos, nunca seremos tão evoluídos, como nós mesmos no futuro. E isso faz de nós uma parte de um tempo, um tempo estático. Um tempo que se move muito rápido, mas que ao mesmo tempo nos prende, nos prende em uma época, em costumes, em valores.
O título deste blog "PERMANENTE MUDANÇA" explicita o paradoxo que reside em todos nós. Permanente: "constante, ininterrupto, definitivo" e Mudança: "alteração modificação".
Esse permanente, frustrado-vitorioso propósito do homem que é o de mudar!